domingo, 18 de agosto de 2013

#26 - Alagados (Paralamas do Sucesso)

Hoje acordei meio família. 18 de agosto de 2013, meu pai, seu Akira, faz 44 anos de idade. E aproveitando que é domingo e posso falar de uma música já conhecida, resolvi, novamente, homenagear o velho. Como eu já falei, ele foi uma das pessoas mais importantes na minha formação musical, e grande parte disso foi por conta dele ouvir muita música e de maneira eclética. Mas, se eu pudesse associá-lo a um gênero, com certeza seria ao rock dos anos 80. Titãs, Legião Urbana, Ultraje a Rigor, Paralamas do Sucesso, enfim, todas essas bandas que moldaram a cara do rock nacional me foram apresentadas por meio do meu pai. Portanto, hoje, esta postagem tem um gostinho de família, de saudade (que estou matando agora) e de rock nacional!

Não foi um trabalho simples escolher a banda de hoje, são tantas opções que eu quase tive um colapso. Escolhi Paralamas, um pouco porque é uma das minhas bandas favoritas, e também porque meu pai sempre falou a célebre frase: "Barone (baterista do paralamas) é o melhor baterista do Brasil!". Bem, ele não é, mas na minha humilde opinião, ele está entre os melhores do rock nacional, com certeza. Outro aspecto que me fez escolher a banda foi a grande influência que o The Police teve no som deles, fator que gosto muito, principalmente porque gosto muito do police também e, principalmente, porque o Paralamas conseguiu achar sua própria "voz" que vai além da influência dos caras.

Quanto à música, entrei em um novo dilema, pois, ô bandinha que tem música boa heim! Nesse caso, contei um pouco com o destino e escrevi "Paralamas do Sucesso" no Youtube e Alagados veio para mim como uma revelação. Bem, não é o maior sucesso deles, mas é conhecidinha. O que me fez realmente querer falar sobre ela foi a letra. Ela é uma crítica ferrenha à pobreza desumana das favelas e tal, fazendo citações de vários locais como Alagados em Salvador, Trenchtown na Jamaica, favela da Maré no Rio, enfim, a poesia de protesto dessa canção e de mais! Veja só:

Todo dia o sol da manhã
Vem e lhes desafia
Traz do sonho pro mundo
Quem já não o queria
Palafitas, trapiches, farrapos
Filhos da mesma agonia
E a cidade que tem braços abertos
Num cartão postal
Com os punhos fechados da vida real
Lhes nega oportunidades
Mostra a face dura do mal

Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
A esperança não vem do mar
Nem das antenas de TV
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê


Todo dia o sol da manhã
Vem e lhes desafia
Traz do sonho pro mundo
Quem já não o queria
Palafitas, trapiches, farrapos
Filhos da mesma agonia
E a cidade que tem braços abertos
Num cartão postal
Com os punhos fechados da vida real
Lhes nega oportunidades
Mostra a face dura do mal


Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
A esperança não vem do mar
Nem das antenas de TV
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê


Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
A esperança não vem do mar
Nem das antenas de TV
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê


Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
A esperança não vem do mar
Nem das antenas de TV
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé


Alagados, Trenchtown, Favela da Maré
A esperança não vem do mar
Nem das antenas de TV
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé
Mas a arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé
Só não se sabe fé em quê
A arte de viver da fé

Com certeza, os versos que mais gosto são os mais repetidos "a arte de viver da fé, só não se sabe fé em quê". Acho que isso traduz muito o brasileiro, essa coisa de termos esperanças sempre, mesmo quando tudo parece desabar. Enfim, deixo aqui essa música ao meu pai, a sua musicalidade (mesmo que tímida), aos seus 44 anos...


















Um comentário:

  1. só vim aqui para falar que você perdeu o desafio e será queimada sua soraya!

    ResponderExcluir