Procurando mais informações sobre a banda de hoje, deparei-me com o termo "indie rock", bem, hoje em dia essas palavras em conjunto perderam um pouco seu significado, passando a se referir a um estilo de música, muito mais do que ao fato da banda fazer rock "independente". Lendo a história do Apanhador Só, acho que é justo cunhar o termo indie rock para esse caso em especial, considerando que eles são sim uma banda de rock que trabalha de forma independente para gravar e divulgar seu trabalho. Creio que esse é um dos pontos mais interessantes dos caras.
A primeira vez que ouvi a banda estava na casa de um amigo que, coincidentemente, conhece os caras da banda, já que ele e os meninos do Apanhador Só são de Porto Alegre. Ele me mostrou um disco chamado "Acústico Sucateiro", trabalho lançado em 2011. O interessante é que este disco foi feito com versões das músicas do disco anterior, porém, em formato acústico, em que os caras utilizaram inúmeros objetos aleatórios do dia a dia, como ralador de queijo, por exemplo, para compor a sonoridade do trabalho. Outra curiosidade é que esse álbum foi lançado em um formato quase que extinto: a fita cassete. É, vantagens da música independente!
A música que apresentarei hoje é do último trabalho deles, chamado Antes que tu conte outra. Procurando por gravações de Torciloco no youtube, deparei-me com duas versões bem diferentes da mesma canção. Uma com uma textura mais agitada e outra mais calma, com uma levada quase reggae. Olhando a data da publicação, essa última versão que comentei parece ser mais antiga, quanto que a mais agitada é a que está no disco atual dos caras. Deixarei aqui as duas para fins de comparação! Esta primeira é a mais antiga:
E esta é a mais nova:
E essa é a letra:
Colchão pequeno,
torcicolo,
cotovelo na costela, pé gelado debaixo da coberta
Meu benzinho, eu não vejo a hora de ir embora
vestir a roupa, ir no banheiro e dar no pé feito um idiota
Garganta seca,
gole d’água, frio na espinha e mão suada
tapa errando o mosquito e não a orelha
Meu benzinho, tu é um amor, mas tô pensando em cair fora
achar a chave, abrir a porta e dar no pé feito um calhorda
Pois bem, duas versões totalmente diferentes, algo que, ao meu ver, é muito bacana. É sempre bom inovar e transformar canções mais antigas em algo diferente, sob um novo olhar. Eu gosto mais da versão antiga e, não sei, creio que, por mais que a versão de estúdio pareça ser mais bem trabalhada (obviamente), ela acabou caindo muito para o pop. Quanto a letra, achei muito bacana, um simples retrato do "calhorda" mesmo, talvez porque, este seja um retrato de uma situação que muitos já passaram haha.
É isso pessoas. Tenho mais algumas músicas para escrever, portanto, até daqui a pouco!
PS.: olha que belezinha a capa do último trabalho dos caras!
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