BOC é originário de Long Island, Nova Iorque. Ela iniciou seu trabalho no final dos anos 60 e continua existindo até hoje. O estilo da banda passa por um hard rock ou metal, mas daqueles bem de raiz mesmo, considerando que os caras são contemporâneos de Led Zeppelin, Black Sabbath e outros peixes grandes. Fizeram muito sucesso, vendendo cerca de 7 milhões de discos só nos EUA, tendo como "hits" (Don`t Fear) The Reaper, Godzilla e Burnin` for You.
Bem, vamos ao que interessa. A canção foi lançada no álbum Fire of Unknown Origin de 1981. A primeira impressão que tive no início da música foi que estava ouvindo uma música erudita. Ela começa com um piano bem clássico, artifício que sempre foi muito usado no rock, mais precisamente nas várias vertentes de heavy metal. Gostei desse gostinho de não saber o que estava por vir, se iria ser algo muito pesado ou um hard rock mais tradicional. Vale ressaltar que este meu amigo já havia contado que era uma banda de rock. Eis que lá por 0'42" a banda entra destruindo com um peso bem grande, mantendo o piano que vai ser constante na música. Os versos entram e a banda segura numa levada super tradicional, sem muitos floreios e exageros. Quando chega nos 2'44", entra a ponte. A partir daí vários sons concretos entram, ao meu ver, para dar base à imaginação do ouvinte sobre tudo que foi falado na letra até então. Batida de carro, telefone tocando, bebê chorando, cachorro uivando, etc. A voz que chega chamando Christina é, obviamente, tenebrosa dando um efeito de terror à canção. Confesso que toda essa teatralidade nunca me atraiu em música, o fato da banda utilizar-se de artifícios para colocar o público dentro daquela história é bacana, mas eu, pessoalmente, acho um pouco forçado de mais. O que mais me intrigou nisso tudo é a história da letra. A banda é conhecida por falar sobre assuntos de horror ou ficção científica em seus temas e nessa música não foi diferente. Veja lá:
Junkies down in Brooklyn are going crazy
They're laughing just like hungry dogs in the street
Policemen are hiding behind the skirts of little girls
Their eyes have turned the color of frozen meat
No, no, no, no, no, no, no, no, no, no, no, no
Joan Crawford has risen from the grave
Joan Crawford has risen from the grave
Catholic school girls have thrown away their mascara
They chain themselves to the axles of big Mac trucks
The sky is filled with herds of shivering angels
The fat lady laughs, "Gentlemen, start your trucks"
Oh no, no, no, no, no, no, no, no, no, no, no
Joan Crawford has risen from the grave
Joan Crawford has risen from the grave
Christina
Mother's home
Christina
Come to mother
Christina
No, no, no, no, no, no, no, no, no, no, no, no
Joan Crawford has risen from the grave
Joan Crawford has risen from the grave
Joan Crawford has risen from the grave
Joan Crawford has risen
Bem, fui pesquisar quem é Joan Crawford, já que, ao que me parece, é a figura principal da letra. Na realidade, fui pesquisar descrente de que iria achar alguma informação útil, mas, descobri, não só quem é Joan Crawford como Christina, que aparece mais para o fim da música. Joan Crawford, na realidade, é o nome artístico de Lucille Fay LeSueur (1905-1977), atriz americana super consagrada e vencedora de oscar de melhor atriz em 1945. Crawford possuía quatro filhos adotivos: Christina, Christofer, Cynthia e Cathy. Em se testamento, a atriz retirou os dois primeiros filhos deixando sua fortuna apenas para Cynthia e Cathy. Anos depois de sua morte, Christina Crawford, sua filha mais velha, escreveu um livro autobiográfico e best-seller intitulado "Mommy Dearest", em que contava os atos abusivos da mãe, alegando que Joan era alcoólatra e uma péssima mãe. Bem, esta homenagem da banda transformando Joan Crawford em uma figura quase que demoníaca é fantástica haha. Confesso que não sou fã de terror, mas achei interessante o uso desse tema na canção.
Quando este meu amigo me apresentou a canção não acreditei que iria conseguir escrever muito. Pensei: "é uma banda de rock, super clássica com uma temática de terror. Ok, e agora?", fiquei muito entusiasmada em saber que as coisas tem uma profundidade muito maior do que elas aparentam. Toda essa história de atriz, mãe abusiva e alcoólatra me fez pensar nas outras centenas de histórias que essa banda deve ter para contar. Quem sabe lá pelo dia 100 eu trago outra música desses caras. É, quem sabe...
Enfim, acho que é isso. Bom frio para todos e até amanhã! Um abraçaço!
PS.: esta música foi dica do queridíssimo Pelota!
PS2.: agradecimentos especiais ao Wikipedia (hahaha).
YAY XIM! Parabéns pelo blog! Adorei a ideia e vou acompanhar daqui! Besitos muack
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